domingo, 6 de novembro de 2011

Casa de Cultura Mário Quintana

Esteio, 09 de novembro de 2011.
Nosso destino era a Casa de Cultura Mário Quintana, para assistirmos à peça teatral Viagem ao Reino Surdo, porém... nosso ônibus estragou e mesmo com a "torreira" do Sol, a impossibilidade de ver um pedacinho da peça... fomos à Casa de Cultura... Recepcionados pelo Lucas, transitamos pela histórico do antigo Hotel Magestic e viajamos nos sonhos de Quintana... nossos convidados: os alunos do Alberto Pasqualine puderam compartilhar conosco dessa aventura! 
Valeu pela participação pessoal!
Fico feliz mesmo assim!
 
 
Obrigada por ajudar nessa causa profª Fabiana e equipe Mais educação Eva Karnal!
 
Luciana asm
 










A história da educação do surdo


A história da educação do surdo data de cerca de 400 anos, sendo que nos seus primórdios havia pouca compreensão da psicologia do problema, e os indivíduos deficientes eram colocados em asilos. A surdez, e a conseqüente mudez,
 eram confundidas com uma inferioridade de inteligência. É verdade, porém, que a ausência da linguagem influi
 profundamente no desenvolvimento psico-social do indivíduo. Felizmente, o deficiente auditivo pode aprender a
se comunicar utilizando a língua dos sinais, ou a própria língua falada.
Os primeiros educadores de surdos surgiram na Europa, no século XVI, criando diferentes metodologias de ensino,
 as quais se utilizavam da língua auditiva-oral nativa, língua de sinais, datilologia (representação manual do alfabeto)
 e outros códigos visuais, e podendo ou não associar estes diferentes meios de comunicação.
A partir do século XVIII, a língua dos sinais passou a ser bastante difundida, atingindo grande êxito do ponto de
vista qualitativo e quantitativo, e permitindo que os surdos conquistassem sua cidadania.
Porém, devido aos avanços tecnológicos que facilitavam o aprendizado da fala pelo surdo, o oralismo começou a
ganhar força a partir da segunda metade do século XIX, em detrimento da língua de sinais, que acabou sendo proibida.
A filosofia oralista baseia-se na crença de que a modalidade oral da língua é a única forma desejável de comunicação
para o surdo, e que qualquer forma de gesticulação deve ser evitada.
Na década de 60, a língua dos sinais tornou a ressurgir associada à forma oral, com o aparecimento de novas correntes,
como a Comunicação Total e, mais recentemente, o Bilingüísmo.
A Comunicação Total defende a utilização de todos os recursos lingüísticos, orais ou visuais, simultaneamente,
 privilegiando a comunicação, e não apenas a língua. Já o Bilingüismo acredita que o surdo deve adquirir a língua
dos sinais como língua materna, com a qual poderá desenvolver-se e comunicar-se com a comunidade de surdos, e a
 língua oficial de seu país como segunda língua.
No Brasil, a educação dos surdos teve início durante o segundo império, com a chegada do educador francês Hernest Huet.
Em 1857, foi fundado o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), que
inicialmente utilizava a língua dos sinais, mas que em 1911 passou a adotar o oralismo puro. Na década de 70, com
a visita de Ivete Vasconcelos, educadora de surdos da Universidade Gallaudet, chegou ao Brasil a filosofia da
 Comunicação Total, e na década seguinte, a partir das pesquisas da Professora Lingüista Lucinda Ferreira Brito
 sobre a Língua Brasileira de Sinais e da Professora Eulalia Fernandes, sobre a educação dos surdos, o Bilingüísmo
 passou a ser difundido. Atualmente, estas três filosofias educacionais ainda persistem paralelamente no Brasil
Autor : Paulo Marcos Tujal de Oliveira - UFRJ